quarta-feira, 16 de julho de 2014

Reforma Política: somar, não dividir!

Reforma Política: somar, não dividir!
 
por Pedro A. Ribeiro de Oliveira
Quarta, 09 de julho de 2014 
 
 
 
"Hoje está claro que a reforma do sistema político brasileiro é condição prévia para as reformas estruturais: do Estado, Agrária e Fiscal com auditoria da dívida pública. Não está claro, contudo, como ela deve ser encaminhada. Enquanto a Plenária Nacional dos Movimentos Sociais Brasileiros organiza o plebiscito popular em favor da convocação de uma Constituinte exclusiva, a Coalizão pela Reforma Democrática e Eleições Limpas promove a coleta de assinaturas em favor do projeto de Lei de Iniciativa Popular. Essas duas iniciativas da sociedade civil são de grande valor, desde que uma não anule a outra. O problema é que a diferença entre as duas propostas está se transformando em divergência que as enfraquece. Quero defender aqui a tese de que não há contradição entre elas, pois podem se reforçar mutuamente", escreve Pedro A. Ribeiro de Oliveira, consultor de ISER/Assessoria.
 
Eis o artigo.
 
Pesquisa da Fundação Perseu Abramo mostra que a maioria da população (89%) é favorável à Reforma Política e que 75% a consideram “muito importante”. Mostra também que falta clareza “técnico-política”: as respostas referem-se a combate à corrupção (15%) e privilégios (26%), mais controle social e melhor escolha de representantes (27%); outras referem-se a melhores políticas de saúde, segurança, salarial, educacional, etc . Essa confusão pode ser observada até mesmo entre lideranças de movimentos sociais, que pensam que mais de 1,5 milhão de assinaturas tornam obrigatório o resultado do plebiscito popular. Diante dessa desinformação, é preciso ter claro o que busca cada proposta.
 
Projeto da Coalizão Democrática
 
O Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política, nasceu do convite da CNBB a entidades da sociedade civil que hoje chegam a quase 100. Para agregar tantas entidades, a proposta teve que limitar-se a pontos consensuais e não proíbe coligações em eleições proporcionais, como é desejo de muitos. Em compensação traz pelo menos uma inovação de grande importância: a regulamentação das doações para campanhas eleitorais. Vejamos rapidamente o conjunto de propostas desse projeto de lei :
a) Proibição do financiamento de campanha por empresa. Instauração do financiamento democrático de campanha, constituído do financiamento público e de contribuição de pessoa física limitada a R$ 700,00.
b) Adoção do sistema de “voto transparente” pela introdução de dois turnos de votação também nas eleições proporcionais (deputados e vereadores): o eleitor vota primeiramente no partido e depois escolhe um dos nomes da lista;
 
c) Alternância de gênero nas listas de candidatos do item anterior;
 
d) Regulamentação dos instrumentos da Democracia Participativa, reduzindo-se as exigências para a sua realização e facilitando-se sua tramitação no Congresso;
 
e) Fortalecimento e democratização dos partidos, para impor programas partidários efetivos e vinculantes;
 
f) Aumento da participação política de afrodescendentes e indígenas;
 
g) Criação de instrumentos que assegurem equilíbrio do pleito entre todos os partidos e candidatos.
 
Merece especial atenção a proposta de regulamentação das doações.
 
Na atual situação, qualquer empresa pode contribuir financeiramente para custear campanhas eleitorais. Torna-se um bom negócio para a empresa ajudar candidatos que depois de eleitos vão lhe prestar serviços dentro do governo ou defender seus interesses no Parlamento. Basta lembrar a liberação de agrotóxicos, de mineração e de remédios, a especulação urbana, a isenção fiscal ao agronegócio, o favorecimento a empreiteiras de obras públicas e a política de juros altos. Por isso se diz que empresário não faz doações, faz investimentos. Essa promiscuidade entre o interesse público e interesses privados é imoral e tende a descambar para a corrupção.
 
Além disso, o financiamento das campanhas por empresas eleva muito o seu custo, porque o dinheiro sai do caixa da empresa e não do bolso do empresário. A revista Carta capital de 22/03/2014 traz o exemplo da Oi. Entre seus acionistas está, além de fundos estatais como BNDESPar, Previ e Funcef, a Andrade Gutierrez (representada pela AG Telecom), umas das empreiteiras que mais faz doação de campanha. Para se ter uma ideia dos valores envolvidos, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a construtora doou para campanhas do PMDB de Eduardo Cunha (que puxou a oposição ao marco civil da internet) um total de R$ 20,6 milhões em 2010 e R$ 14,8 milhões em 2012.
 
Há então flagrante contradição: pessoas jurídicas, que não têm direito a voto, de fato influem muito mais no resultado das eleições do que quem, ao votar, exerce o direito de cidadania. Essa contradição foi levada ao Supremo Tribunal Federal pela Ordem dos Advogados do Brasil sob a forma de ação direta de inconstitucionalidade. No dia 2 de abril o STF julgou a ação. Vale a pena transcrever parte do voto do ministro Marco Aurélio:
 
“ Segundo dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral, nas eleições de 2010, um deputado federal gastou, em média, R$ 1,1 milhão, um senador, R$ 4,5 milhões, e um governador, R$ 23,1 milhões. A campanha presidencial custou mais de R$ 336 milhões. Nas eleições municipais de 2012, segundo recente contabilização do Tribunal, teriam sido gastos incríveis 6 bilhões de reais. Apontou-se que os maiores financiadores são empresas que possuem contratos com órgãos públicos. O setor líder é o da construção civil, tendo contribuído com R$ 638,5 milhões, seguido da indústria de transformação, com R$ 329,8 milhões, e do comércio, com R$ 311,7 milhões.”
 
Embora a votação tenha sido suspensa por interferência do juiz Gilmar Mendes, o resultado já está definido: a maioria do STF (os 6 votos já proferidos) são pela inconstitucionalidade das doações de empresas. A notícia é ótima mas ainda não significa a vitória final da proposta, porque já corre no Congresso um movimento para mudar a Constituição e tornar legal aquela prática. Nesse contexto, o projeto de Lei de Iniciativa Popular torna-se ainda mais importante, porque impedirá essa tentativa de retrocesso legal.
 
 
A proposta de plebiscito popular
 
A proposta da Plenária Nacional dos Movimentos Sociais Brasileiros visa realizar um plebiscito popular sobre a convocação de uma Assembleia Constituinte exclusivamente para fazer a Reforma Política. Embora não tenha valor jurídico, por não ser reconhecido oficialmente, o plebiscito tem força moral quando recolhe um número significativo de votos. Basta lembrar o resultado positivo dos plebiscitos populares sobre a Dívida Externa e sobre a ALCA, que se converteram em força de pressão da sociedade sobre o governo. Também este poderá ser um valioso instrumento em favor da convocação de uma Assembleia Constituinte capaz de fazer a Reforma Política sem submeter-se aos interesses corporativos dos membros do Congresso Nacional .
 
Além disso, a mobilização para o Plebiscito Popular é uma excelente oportunidade para fazer-se o trabalho de educação política de massa, esclarecendo à população como funciona o Congresso, como se dá o processo eleitoral, para que servem os partidos políticos, e outros temas relevantes. Até a semana do 7 de setembro esse trabalho educativo deve mobilizar os Movimentos Sociais, de modo a obter um bom resultado em termos de votos.
 
 
Conclusão
 
As duas propostas se complementam. A primeira busca efetividade, pois projeto de lei de iniciativa popular respaldado por quase 2 milhões de assinaturas tem muito peso no Congresso. A segunda promove a conscientização política, trazendo para toda a sociedade o debate de questões que a mídia insiste em esconder ou deturpar. Se não há contradição entre elas, a hora é de unir forças e evitar qualquer desqualificação dessas propostas.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Projeto insere profissionais de saúde mental no Programa Saúde em Família

Projeto insere profissionais de saúde
mental no Programa Saúde em Família

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em segunda votação na quarta-feira, dia 2 de julho, o Projeto de Lei nº 0375/07 que inclui profissionais da área de saúde mental nas equipes do Programa Saúde da Família. O projeto original é do-ex-vereadora Carlos Neder (PT), hoje deputado estadual, e com co-autoria da vereadora Juliana Cardoso (PT).
O Programa Saúde em Família (PSF) é a principal estratégiada rede pública na atenção básica. As equipes do PSF hoje contam com médico de família, que atende aclínica geral, pediatria e ginecologia.Além disso, é integrada por enfermeira, técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde.  

Para a vereadora Juliana Cardoso a incorporação desses profissionais representa um salto de qualidade no atendimento. “Existem diversas situações no cotidiano das famílias que requerem atendimento de profissionais de saúde mental”, comentou a vereadora. O projeto de lei segue para sanção do prefeito Fernando Haddad. 

sábado, 5 de julho de 2014

informativo do nosso trabalho

1ª Rodada - Audiências
2ª Rodada - Audiências
Área 1
Área 2
Área 3
Projeto 1
Projeto 2
Projeto 3
Projeto 1
Projeto 2
Projeto 3
Saúde
Drenagem
Mobilidade
Atendimento Médico Ambulatorial - AMA - Especialidades
Redução de Alagamentos
Geral Transportes
Unidade de referência à Saúde do Idoso - URSI
Rede Hora Certa
Polo da Universidade Aberta - UAB
Mobilidade
Meio Ambiente
 Saúde
Vias Cicláveis
Parque Linear
Unidade Básica de Saúde - UBS
Hospital
Unidade Básica de Saúde - UBS
Creches/ Centro de Educação Infantil - CEI
Saúde
Mobilidade
Sagurança
Centro de Atendimento Psicosscial -CAPs
Geral Transporte
Iluminação Pública
Unidade Habitacional
Urbanização de Favelas
Creches/ Centro de Educação Infantil - CEI
Saúde
Mobilidade
Moradia
Unidade Básica de Saúde - UBS
Viário - Ponte
Unidades Habitacionais
Unidade Básica de Saúde - UBS
Unidade habitacional
Corredor de ônibus
Saúde
Mobilidade
Esporte e Lazer
Unidade Básica de Saúde - UBS
Abertura de vias
Equipamento de Esporte e Lazer
Hospital recuperado
Urbanização de Favelas
Polo de Educação Ambiental
Saúde
Educação
Mobilidade
Unidade Básica de Saúde - UBS
Centro de Educação Unificada - CEU
Plano Viário Sul
Plano Viário Sul
Canalização do Córrego Zavuvus
Equipamento Cultural
Educação
Mobilidade
Cultura
Centro de Educação Unificada - CEU
Gestão de Tráfego
Equipamento Cultural
Regularização Funidária
Unidade Básica de Saúde - UBS
Unidades habitacionais
Saúde
Moradia
Educação
Programa Saúde da Família - PSF
Regularização fundiária
Creches/ Centro de Educação Infantil - CEI
Hospital recuperado
Unidade habitacional
Unidade Básica de Saúde - UBS
Saúde
Mobilidade
Moradia
Unidade Básica de Saúde - UBS
Linhas de ônibus
Urbanização de Favelas
Hospital
Unidade habitacional
Urbanização de Favelas
Saúde
Mobilidade
Educação
Unidade Básica de Saúde - UBS
Viário - Alargamento
Centro de Educação Unificada - CEU
Corredor de ônibus
Unidade habitacional
Regularização Funidária
Moradia
Saúde
Meio Ambiente
Unidades Habitacionais
Hospital Infantil
Arborização
Unidade Habitacional
Unidade Básica de Saúde - UBS
Urbanização de Favelas
Educação
Drenagem
Saúde
Creches/ Centro de Educação Infantil - CEI
Canalização de córrego
Hospital
Intervenção em Córrego
Regularização Fundidária
Redução de Alagamentos
Cultura
Moradia
Saúde
Equipamento de Cultura
Regularização Fundiária
Unidade Básica de Saúde - UBS
Hospital recuperado
Unidade habitacional
Unidade de Pronto Atendimento - UPA
Educação
Saúde
Mobilidade
Creches/ Centro de Educação Infantil - CEI
Unidade Básica de Saúde - UBS
Viário - Túnel
Urbanização de Favelas
Unidade habitacional
Unidade de Pronto Atendimento - UPA
Educação
Zeladoria Urbana
Saúde
Creches/ Centro de Educação Infantil - CEI
Pavimentação de vias
Unidade Básica de Saúde - UBS
Hospital São Luiz Gonzaga Recuperado
Regularização Fundiária
Unidade Básica de Saúde - UBS
Saúde
Segurança Alimentar
Meio Ambiente
Reforma - Hospital
Abastecimento
Educação Ambiental
Hospital Sorocabana Recuperado
Unidade Básica de Saúde - UBS
Unidade de Pronto Atendimento - UPA
Educação
Zeladoria Urbana
Saúde
Creches/ Centro de Educação Infantil - CEI
Pavimentação de vias
Unidade Básica de Saúde - UBS
Regularização Fundiária
Unidade de Pronto Atendimento - UPA
Escola Municipal de Educação Infantil - EMEI
Mobilidade
Meio Ambiente
Desenvolvimento Urbano
Vias Cicláveis
Parques
Requalificação do espaço público
Unidade Habitacional
Unidade Básica de Saúde - UBS
Hospital Recuperado
Mobilidade
Educação
Moradia
Geral -Transporte
Creches/ Centro de Educação Infantil - CEI
Regularização Fundiária
Hospital
Regularização Fundiária
Polo da Universidade Aberta - UAB
Saúde
Mobilidade
Cultura
Programa Saúde da Família - PSF
Viário - Nova Radial
Centro Cultural
Novo Hospital
Unidade habitacional
Unidade Básica de Saúde - UBS
Mobilidade
Saúde
Moradia
Terminal de ônibus
Unidade Básica de Saúde - UBS
Regularização Fundiária
Regularização Fundiária
Terminal Perus
Creches/ Centro de Educação Infantil - CEI
Saúde
Mobilidade
Desenvolvimento Urbano
Unidade Básica de Saúde - UBS
Vias Cicláveis
Requalificação do espaço público
Unidade de Pronto Atendimento - UPA
Vias Cicláveis
Polo de Educação Ambiental
Saúde
Moradia
Educação
Unidade Básica de Saúde - UBS
Regularização fundiária
Centro de Educação Unificada - CEU
Hospital recuperado
Regularização Fundiária
Unidades habitacionais
Mobilidade
Meio Ambiente
Desenvolvimento Urbano
Vias Cicláveis
Educação Ambiental
Planejamento Urbano
Educação de Jovens e Aduldos
Unidade de Pronto Atendimento - UPA
Unidades habitacionais
Saúde
Desenvolvimento Urbano
Resíduos Sólidos
1) Gestão         2) Hospital
Operação Urbana Água Espraiada
Compostagem
Unidade Básica de Saúde - UBS
Corredor de ônibus
Rede Hora Certa
Saúde
Educação
Mobilidade
Unidade Básica de Saúde - UBS
Creches/ Centro de Educação Infantil - CEI
Monotrilho
Unidade Básica de Saúde - UBS
Regularização Fundiária
Unidade de Pronto Atendimento - UPA
Moradia
Saúde
Mobilidade
Regularização fundiária
Hospital
Sinalização
Unidade Habitacional
Unidade Básica de Saúde - UBS
Hospital Tide Setubal Recuperado
Nessa rodada de audiências a subprefeitura de Sapopemba ainda não tinha sido criada
Unidade Básica de Saúde - UBS
Regularização Funidária
Hospital Recuperado
Moradia
Zeladoria Urbana
Educação
Unidades Habitacionais
Banheiro Público
Creches/ Centro de Educação Infantil - CEI
Unidade Habitacional
Requalificação do Centro
Unidade Básica de Saúde - UBS
Saúde
Mobilidade
Educação
Unidade Básica de Saúde - UBS
Prevenção de Acidentes
Creches/ Centro de Educação Infantil - CEI
Hospital
Unidade habitacional
Centro de Educação Unificada - CEU
Mobilidade
Meio Ambiente
Desenvolvimento Urbano
Vias Cicláveis
Educação Ambiental
Planejamento Urbano
Unidade de Pronto Atendimento - UPA
Educação de Jovens e Adusltos - EJA
Centro de Atenção Psicossocial - CAPS
Saúde
Esporte e Lazer
Educação
Unidade Básica de Saúde - UBS
 Acessibilidade
Centro de Educação Unificada - CEU
Urbanização de Favelas
Escola Municipal de Educação Infantil - EMEI
Polo da Universidade Aberta - UAB