segunda-feira, 30 de junho de 2014

REFORMA POLITICA



 O PT PROPÕE MUDAR AS REGRAS DAS ELEIÇÕES PARA MELHORAR O SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO, FORTALECER A DEMOCRACIA E DAR MAIS TRANSPARÊNCIA AO PROCESSO 

  ELEITORAL.

Para tal, vamos mobilizar a sociedade em torno de uma proposta de reforma política de verdade, sintonizada com os novos tempos. Assim, vamos colher pelo menos um milhão e meio de assinaturas para levar ao Congresso Nacional um Projeto de Iniciativa Popular capaz de, a partir da convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva, lançar as bases de um novo modelo de escolha e de representação popular.

A LUTA VIA PROJETO DE LEI DE INICIATIVA POPULAR

Este instrumento foi uma conquista da sociedade graças, justamente, a uma Assembleia Nacional Constituinte convocada, em 1986, para preparar a Constituição Federal promulgada em 1988. É um importante mecanismo de pressão social e de participação política da sociedade na pauta do Parlamento.
Para ser protocolado, o projeto precisa ter, no mínimo, a adesão de 1% dos eleitores (atualmente, cerca de 1,5 milhão de pessoas), distribuídos por pelo menos nove unidades da federação, com uma cobertura de ao menos 0,3% dos eleitores em cada um dos estados e no Distrito Federal, como prevê o artigo 61 da Constituição Federal.

ASSEMBLEIA CONSTITUINTE EXCLUSIVA É A GARANTIA DE MUDANÇAS

Será necessário criar um ambiente político específico, de tal forma a não atrapalhar a rotina e as demais atribuições do Congresso Nacional. Convocar uma Constituinte exclusiva, portanto, é uma medida ao mesmo tempo democrática e administrativa, uma maneira de dar ao País as condições de discutir e votar a reforma política sem, no entanto, atrapalhar o dia-a-dia do Poder Legislativo.

VOTO EM LISTA E O FORTALECIMENTO DOS PARTIDOS POLÍTICOS

O voto em lista pré-ordenada defendido pelo PT valoriza os partidos e garante ao eleitor o direito de votar em propostas voltadas para o bem comum, e não em demandas pessoais ou corporativas, muitas delas, inclusive, disfarçadas de interesse público. O fortalecimento dos partidos é fundamental para a democracia porque eles estão no centro do debate democrático e tem capacidade de agregar em torno de si todas as discussões relativas aos movimentos populares. Somente a partir deles, e não por meio de atuações puramente personalistas de políticos, a democracia pode, de fato, funcionar a favor dos reais interesses da população.

MAIS MULHERES, MAIS DEMOCRACIA

Apesar de serem mais da metade da população, as mulheres não estão bem representadas no Poder Legislativo. Com menos de 10% das cadeiras ocupadas por mulheres, o Brasil figura em 124º lugar numa lista de 145 países feita pelas Nações Unidas sobre participação feminina em parlamentos. O PT defende um aumento real da presença das mulheres em todas as instâncias da política nacional.

FINANCIAMENTO PÚBLICO: ELEIÇÕES EM CONDIÇÕES MAIS JUSTAS PARA TODOS

É fato que o atual modelo de financiamento das campanhas eleitorais, no Brasil, acaba por favorecer os candidatos bancados pelo poder econômico. Em muitos casos, esse sistema acaba por criar uma relação incestuosa entre os parlamentares eleitos e seus financiadores, de tal forma que os interesses da população se tornam secundários, quando não totalmente desprezados nos debates e na formulação de políticas públicas, tanto nos parlamentos como nos cargos executivos. Com o financiamento público das campanhas eleitorais será possível equilibrar o processo eleitoral e criar um ambiente mais justo e democrático durante as eleições. Com ele, os candidatos terão que abandonar as estratégias baseadas no poder de compra pelo poder de convencimento dos eleitores.

ASSINE COM O PT – A REFORMA POLÍTICA QUE O BRASIL PRECISA.

Todas as informações necessárias para participar da campanha de coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular estão disponíveis no nosso site de campanha e podem também ser obtidas nos diretórios do PT em todo o Brasil. Sua participação é fundamental. O Brasil conta com você.

SAIBA COMO FAZER PARA ASSINAR A REFORMA

Para assinar a Reforma Política você deve baixar o arquivo do formulário do seu computador, imprimir e preencher com seus dados. Não se esqueça do título de eleitor. O Próximo passo é assinar o documento igual como está na sua identidade, entregar o formulário preenchido e assinado no diretório mais próximo ou enviar pelos Correios.
CLIQUE AQUI PARA ASSINAR O FORMULÁRIO

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Nota pública de repúdio dos movimentos sociais à violência da Polícia Militar contra o advogado Benedito Barbosa

Flagrantes da prisão do advogado Benedito Roberto Barbosa, o Dito: Fotomontagem feita para o Viomundo por Danilo Leite, da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo

De 6 a 8 de abril, durante a jornada da Frente da Luta por Moradia (FLM), vinte prédios foram ocupados na cidade de São Paulo.
Entre eles, o da rua Aurora, 713. Passaram a morar aí 57 famílias;  eram aproximadamente 120 pessoas, entre crianças, jovens, adultos e idosos.
Pois nas primeiras horas dessa quarta-feira 25, a Tropa de Choque da Polícia Militar, conhecida com a tropa do braço, deu início à reintegração de posse do imóvel.
Assustadas com a movimentação violenta, as crianças começaram a chorar, enquanto suas mães eram ameaçadas por policiais.
Alertado sobre a situação pela conselheira tutelar Ivanete Aráujo, o advogado e dirigente da Central de Movimentos Populares (CMP), Benedito Roberto Barbosa, o Dito, foi até o local prestar assistência aos moradores que estavam sendo despejados pela força policial.
Apesar de se identificar como advogado e tentar acordo para a saída pacífica das famílias, Dito, um ex-seminarista, foi espancado e imobilizado por policiais ao tentar entrar na ocupação.
Uma testemunha gravou em vídeo as cenas da agressão ao advogado.
ADVOGADO DOS SEM TETO:  ”NUNCA FUI TÃO DESRESPEITADO NA MINHA VIDA”
Dito é negro e não costuma usar paletó.
Em conversa com a jornalista Lúcia Rodrigues, da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), ele denuncia:
“Eu me identifiquei como advogado, mas fui agarrado pelo pescoço e arrastado pelos policiais militares. Falei que eles estavam me enforcando, me matando, mas eles disseram que eu tinha de aguentar. Estavam muito truculentos.”
“É uma violência sem controle. Uma truculência sem limite. É uma ação contra os movimentos sociais. Mas lutar por direitos não é crime”.
Na ação, os policiais também pressionaram a cabeça de Dito, que mordeu a língua e começou a sangrar. Ele chegou a desmaiar. Sua carteira de identificação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi apreendida pela PM.
Como se fosse um criminoso, foi levado de camburão para o 3° Distrito Policial . Na delegacia, localizada na rua do imóvel agora desocupado, foi lavrado um termo circunstanciado por resistência à prisão.
 “Fui agredido como cidadão, como advogado e como defensor de direitos humanos. Nunca fui tão desrespeitado na minha vida”.
As entidades CENTRO GASPAR GARCIA DE DIREITOS HUMANOSUNIÃO DOS MOVIMENTOS DE MORADIAFRENTE DE LUTA POR MORADIA e CENTRAL DE MOVIMENTO POPULARES, através da presente nota, vêm a público manifestar desagravo e total indignação à violência e abuso de poder policial cometido contra o Advogado Benedito Roberto Barbosa durante ação de reintegração de posse ocorrida em São Paulo em prédio ocupado pelo movimento MSTRU, vinculado à Frente de Luta Por Moradia.
O exercício da profissão do advogado Benedito Roberto Barbosa foi brutalmente violado quando este tentava manter contato com as famílias que se encontravam no interior do imóvel reintegrado localizado na Rua Aurora, 713.
Sabendo ser sua prerrogativa adentrar no edifício para conversar com os moradores que se encontravam incomunicáveis pelo cerco da polícia, o advogado tentou ultrapassar o bloqueio do choque quando foi brutalmente agredido e imobilizado por agentes da tropa de choque da Polícia Militar sendo depois detido e encaminhado ao 3º Distrito Policial onde foi lavrado Boletim de Ocorrência tipificado como crime de “resistência”.
Discordamos plenamente da tipificação de crime de resistência. O Advogado Benedito Roberto Barbosa encontrava-se no exercício de seu mandato – protegido pelo Estatuto da Advocacia –, e gozando de suas prerrogativas profissionais quando foi agredido e imobilizado.
Portanto:
Exigimos apuração dos abusos cometidos pelos agentes da tropa de choque contra o advogado Benedito Roberto Barbosa e, em fase de inquérito, a plena desconstituição de crime de resistência.
Exigimos a imediata apuração de abusos cometidos nesta operação policial, seja em face do advogado, seja também em face de moradores, moradoras e crianças também agredidos e hostilizados no direito de luta por moradia digna.
Exigimos a imediata mudança no procedimento adotado pela Justiça Paulista e Polícia Militar nas ações de reintegração de posse e de despejos coletivos realizados na Capital.
Exigimos, finalmente, que a luta pelo direito à moradia digna seja plenamente respeitada e não hostilizada pelo Poder Público.
RESPEITO, APURAÇÃO DA VIOLAÇÃO DE DIREITO E AGRESSÃO COMETIDA CONTRA O ADVOGADO BENEDITO ROBERTO BARBOSA
RESPEITO AOS MORADORES E MORADORAS DE OCUPAÇÕES NA CIDADE DE SÃO PAULO
RESPEITO À LUTA PELO DIREITO À MORADIA DIGNA
Ontem à tarde, o advogado Benedito Barbosa fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Lega (IML).
O Centro Gaspar Garcia e a União de Movimentos de Moradia vão se reunir nesta quinta, para deliberar sobre as medidas que serão tomadas contra a ação da PM.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Campanha Nacional por uma Nova Política Energética

Campanha Nacional por uma Nova Política Energética
Documento Base
(versão revisada: 24/06/2014)

1.                  Contexto e origens da campanha
            Apesar da enorme relevância do tema para a sociedade brasileira, a grande maioria dos brasileiros carece de informações básicas sobre os principais problemas, oportunidades e desafios que caracterizam o setor elétrico brasileiro nesse inicio do século 21.  Pior ainda, a sociedade está sendo bombardeada diariamente com informações distorcidas e até mesmo falsas, produzidas pelos interessados em manter o status quo no âmbito do governo e setores empresariais. Dois exemplos são 1) a caracterização de grandes barragens na Amazônia, com reservatórios cada vez maiores, como fonte de energia limpa e barata, cuja construção seria a única forma de evitar o ‘fantasma’ de um novo  apagão e o aumento de térmicas ou usinas nucleares na matriz energética, e 2) o tratamento de questões como a conservação de água e energia, a eficiência energética, a repotenciação de hidrelétricas existentes e a geração decentralizada de  energia solar, eólica e biomassa como irrelevantes ou meras “fantasias”.
            Um problema fundamental é que o setor elétrico brasileiro tem se transformado numa verdadeira ‘caixa preta’, em que as decisões são tomadas de forma altamente centralizada por políticos e burocratas de alto escalão do Ministério de Minas e Energia e afiliados (Grupo Eletrobrás, EPE, ANEEL) em conjunto com poderosos atores do setor privado como Odebrecht, Camargo Correa, Andrade Gutierrez e GDF Suez, sem qualquer processo de diálogo com a sociedade civil organizada e de consulta prévia com as populações afetadas por empreendimentos, a exemplo de grandes hidrelétricas na Amazônia.  Um bom exemplo é a recusa do governo em incluir a participação de representantes da sociedade civil e universidades públicas no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), contrariando um decreto presidencial de 2006.
Salvo poucas exceções, a grande imprensa no Brasil não tem abordado o tema do setor elétrico com a objetividade e a profundidade que merece, enquanto frequentemente reproduz a mesma narrativa “chapa branca” do governo. As recentes notícias sobre o baixo nível dos reservatórios no região Sudeste e os riscos de um novo apagão são um bom exemplo, já que não se vê uma discussão de fundo sobre as vulnerabilidades da atual matriz energética, decorrentes da alta dependência em hidrelétricas os riscos de construção de mais barragens num quadro de crescentes mudanças climáticas, inclusive estiagens cada vez mais longas e intensas.
Entretanto, tem surgido recentemente uma série de iniciativas da sociedade civil para promover o debate democrático e a busca de soluções inovadoras - pautadas em princípios de sustentabilidade ambiental, justiça social e eficiência econômica - para o setor elétrico brasileiro. O Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social (FMCJS) articula Pastorais Sociais da CNBB, Movimentos Sociais e Entidades da sociedade civil, com os objetivos de disseminar informações, gerar consciência crítica e mobilizações da cidadania visando contribuir no enfrentamento das causas estruturais do aquecimento global que provoca mudanças em todo o planeta Terra. [1]  Como um de seus temas prioritários é a Energia, o Fórum vem buscando novas formas de incidir no debate nacional sobre energia elétrica. Assim, após várias reuniões preparatórias, foi organizado em maio de 2013, o “Seminário por uma Nova Política Energética” que reuniu em Brasília um conjunto de movimentos sociais e organizações da sociedade civil que tem atuado em campanhas sobre temas como energias renováveis descentralizadas, democratização da política energética, e equívocos das atuais políticas sobre hidrelétricas e energia nuclear.  Neste seminário, surgiu a proposta de se lançar a “Frente por uma Nova Política Energética”, articulando as campanhas em prol da eficiência energética e energias renováveis (solar, eólica, biomassa) sob a ótica da descentralização e responsabilidade socioambiental, e de enfrentamento do atual modelo energético pautado em autoritarismo e falta de participação, construção de barragens destrutivas, combustíveis fosseis e energia nuclear.[2] 
Na mesma direção, em junho de 2012, num evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) um grupo de organizações da sociedade civil (ISA, International Rivers, Amazon Watch, Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Greenpeace-Brasil, WWF-Brasil) conjuntamente com os pesquisadores Célio Bermann (IEE-USP), Philip Fearnside (INPA), e Roberto Kishinami, lançaram a publicação O Setor Elétrico Brasileiro e a Sustentabilidade no Século 21: Oportunidades e Desafios.[3] Entre as questões abordadas na publicação, incluem-se os benefícios e o potencial negligenciado da eficiência energética; o grande potencial de fontes renováveis como solar, eólica e biomassa; a problemática socioambiental e econômica das grandes hidrelétricas na Amazônia; e a falta de participação e transparência no planejamento de políticas públicas para o setor elétrico.
Cabe salientar ainda as seguintes iniciativas recentes: i) as publicações do Greenpeace-Brasil da série (Re)volução Energética [4] e iniciativas afins de campanha; ii) a publicação do WWF-Brasil “Agenda Elétrica Sustentável 2020”[5]; e iii) a criação do GT Infraestrutura, envolvendo as entidades citadas acima e outras organizações da sociedade civil, contando com o apoio da Fundação Avina.  
No plano da comunicação, duas importantes iniciativas recentes têm sido um vídeo sobre Belo Monte[6] produzido por um grupo de artistas e ativistas reunidos no Movimento Gota D’Agua (atualmente Uma Gota no Oceano)[7] e o documentário “Damocracy” produzido por Todd Southgate sobre Belo Monte e a megabarragem Ilisu na Turquia.[8]
Como desdobramento da criação da Frente por uma Nova Política Energética e outras iniciativas citadas acima, tomou-se a decisão de lançar em agosto de 2014 uma Campanha Nacional por uma Nova Política Energética (com lema provisório de “Energia para a Vida Já!), cujos objetivos e ações estratégicas, no curto e médio prazo, são resumidos a seguir.  Com a mesma concepção da Frente por uma Nova Politica Energética, a ideia dessa campanha “guarda-chuva” é somar esforços e promover sinergias entre campanhas específicas, inclusive com novas iniciativas de grande impacto para a construção de uma política energética democrática e sustentável, com justiça social.  Conforme descrito a seguir, a proposta é de lançar a campanha durante o Fórum Social Temático – Energia < http://fst-energia.org/> a ser realizado em Brasília em agosto de 2014.



2.  Objetivos da Campanha
Geral
  • Promover uma nova política para o setor elétrico no Brasil à altura dos desafios do século 21, baseada em princípios de eficiência econômica, justiça social, respeito à diversidade cultural, participação democrática e sustentabilidade ambiental.
Específicos
  • Conscientizar e mobilizar os cidadãos e cidadãs para transformar o atual modelo energético brasileiro, aproveitando as enormes oportunidades em áreas como a geração descentralizada de energia solar e eólica e eficiência energética.
  • Facilitar o intercâmbio de informações e experiências práticas entre comunidades, movimentos sociais, pesquisadores e entidades da sociedade civil, a respeito de estratégias energéticas convencionais e alternativas, como contribuição para a sistematização de aprendizados, a superação de entraves e a disseminação de experiências inovadoras.
  • Promover mudanças no marco legal das políticas públicas relacionadas ao setor elétrico, de modo a corrigir desvios e viabilizar o aproveitamento de oportunidades para uma nova política energética, aproveitando os resultados de debates e diálogos entre sociedade civil, órgãos governamentais e setor privado.


3. Temas chave da campanha
Conforme explicitado no documento final do Seminário por Uma Nova Política Energética”[9] alguns temas chave a  serem trabalhados na campanha incluem:
  • a problemática da atual política energética, em termos de centralização da tomada de decisões, associada à falta de transparência e participação da sociedade;
  • os pressupostos equivocados nas estimativas oficiais sobre o crescimento da demanda por eletricidade, sem questionar modelos de produção e consumo;
  • o forte viés da atual política energética para a construção de barragens (especialmente na Amazônia), usinas termoelétricas e nucleares, com fortes impactos sociais e ambientais, inclusive violações de direitos humanos, que são tipicamente menosprezados ou mesmo ocultados pelo setor elétrico do governo e seus parceiros privados;
  • o potencial e benefícios da conservação de energia e eficiência energética;
  • o enorme potencial de fontes renováveis não convencionais, como solar, eólica e biomassa, destacando a relevância de estratégias descentralizadas e participativas, que respeitem os direitos, meios de vida e anseios de comunidades locais.

4.  Estratégia de Implementação
4.1  Atividades chave
            Considerando os objetivos da campanha, e dando sequência a atividades realizadas e em curso, as atividades chave até o lançamento da campanha em agosto de 2014 podem ser resumidas da seguinte forma:
a)      Criação de identidade visual da campanha, a ser utilizada em material impresso, vídeos, mídias sociais, etc.
b)      Produção de material informativo, a ser divulgado em forma de folheto, “jornal mural” e cartaz (e em versões pdf), apresentando a identidade visual da campanha, visão e narrativa da campanha sobre os grandes problemas do setor elétrico brasileiro, oportunidades e soluções criativas;
c)      Produção de um vídeo de lançamento da campanha, contendo mensagens  chave em formato capaz de empolgar o público a querer saber mais e se engajar na campanha;[10]
d)     Construção de plataformas para facilitar a divulgação dos conteúdos da campanha, incluindo website (com potencial de hospedar vídeos, programas de radio, material impresso, página de notícias etc.), Facebook e Twitter;
e)      Ato de lançamento da Campanha por uma Nova Política Energética durante o Fórum Social Temático - Energia, a ser realizado em Brasília entre 07 e 10 de agosto de 2014.[11] O evento deve incluir a exibição do vídeo de lançamento da campanha, falas de lideranças e personalidades e performances artísticas;
Na sequência do lançamento da campanha em agosto de 2014, são previstas como ações estratégicas e atividades chave no curto e médio prazo:
a)      Apoio para a produção de vídeos, programas de rádio, livretos e outros materiais educacionais sobre temas específicos de campanha (p.ex. energia solar descentralizada, eficiência energética, impactos socioambientais de mega-barragens na Amazônia)
b)      Processo eleitoral: visibilização e inserção das criticas e proposta da Campanha Nacional por uma Nova Política Energética no processo eleitoral de 2014, cobrando posicionamentos dos candidatos à Presidência da República e a outros cargos federais e estaduais, utilizando mídias sociais, eventos e outros meios apropriados;
c)      Realização de seminário no Congresso Nacional, no segundo semestre de 2014, para o debate de questões chave da Campanha, com a participação de entidades parceiras, especialistas, parlamentares, e representantes do governo e do setor privado (em parceria com o GT Infraestrutura);
d)     Mudanças no marco legal das políticas públicas: formulação de propostas e colaboração com parlamentares sobre mudanças prioritárias no marco legal das políticas públicas para o setor elétrico, a exemplo da reformulação do Projeto de Lei no. 630/03 (“Lei das energias renováveis”) em parceria com o GT Infraestrutura;
e)      Ciber-ações; utilizando mídias sociais e as plataformas da campanha e parceiros, cobrando mudanças específicas, inclusive no marco legal das políticas públicas para o setor elétrico.
f)       Realização de encontros periódicos entre membros da Frente por uma Nova Política Energética e outros parceiros, com o objetivo de avaliar ações estratégicas, identificar lições e traçar os próximos passos da Campanha.

Maiores informações:
Secretaria Executiva do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social
Fone: (61) 3447-8722/ 8202-2564
Skype: fclimaticas
Endereço: SGAN 905, Bloco B, Sala 03
CEP: 70790-050 - Brasília – DF




Orçamento
(12 meses: junho 2014 a junho 2015)


DESCRIÇÃO
Qtde.
Unidade
Valor Unitário (R$)
Valor (R$)
Criação de identidade visual da campanha: desenvolvimento de logomarca e programação visual para utilização em material impresso, vídeos, websites, etc.
01
Serviço de designer gráfico
2.000,
2.000,
Produção de arte para material informativo: folder, flyer, jornal mural, etc.
03
Serviços de designer gráfico
2.000,
6.000,
Impressão de material informativo (folder, flyer, jornal mural, etc.), (1.000 cópias cada)
03
Serviços de gráfica
4.000,
12.000,
Criação e configuração de ambientes virtuais (página no site do FMCJS, Facebook, Twitter) para recebimento e divulgação de material informativo da campanha (noticias, informes, folhetos, vídeos, etc.) e ciber-ações,
01
Serviços de web design
6.000,
6.000,
Produção de vídeo de lançamento da campanha (incluindo serviços de apoio em elaboração de roteiro, filmagem, som, editagem, gráficos, deslocamentos)
01
Produtor de vídeo
7.500,
7.500,
Produção de spots de rádio da campanha
05
Serviços de produção
1.000,
5.000,
Apoio logístico para ato de lançamento da campanha (sistema de som, projeção, etc.)
01
Serviço de som e projeção
1.500,
1,500,
Apoio para produção de vídeos sobre temas específicos da campanha (p.ex. energia solar, energia eólica, eficiência energética, barragens na Amazônia)
04
Serviços de produção
8.000,
8.000,
Realização de seminário no Congresso Nacional (transporte, hospedagem e alimentação para participantes de fora de Brasília, serviços de gravação)
01
-
10.000,
10.000,
Realização de encontros periódicos de campanha (transporte e hospedagem para participantes de fora de Brasília, alimentação para participantes)
02
Encontros
15.000,
30.000.
Assessor  de campanha (coordenação, assessoria de comunicação, administração, etc.) por 12 meses (incluindo encargos)
01
Assessor
5.000,
60.000,
Sub-Total
-
-
-
148.000,
Reserva de contingência (5%)
-
-
-
7.400,
TOTAL



155.400.





[1] Maiores informações: http://fmclimaticas.org.br
[2]  A Frente por uma Nova Política Energética é liderada pelo FMCJS e conta com a participação das entidades membros e outras entidades da sociedade civil.
[4] http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/image/2013/Agosto/Revolucao_Energetica.pdf
[5] http://assets.wwf.org.br/downloads/wwf_energia_ebook.pdf
[6] Veja o vídeo sobre Belo Monte aqui: https://www.youtube.com/watch?v=TWWwfL66MPs
[7] http://www.umagotanooceano.org  Como se pode observar, uma campanha recém-lançada de Uma Gota no Oceano é Tamuaté-Aki, reunindo pessoas e organizações com o objetivo comum de apoiar os povos indígenas no Brasil na defesa de seus direitos.
[8] https://www.youtube.com/watch?v=IQFpohbSxYg
[9]http://www.ecodebate.com.br/2013/05/31/mensagem-a-sociedade-brasileira-do-seminario-nova-politica-energetica-para-o-brasil-a-sociedade-brasileira/
[10] O vídeo principal  será complementado por outros vídeos sobre temas específicos (vide item 3), já produzidos ou a serem produzidos entre parceiros da campanha. Por exemplo, nos moldes da campanha “Tamuateaki”: prevê-se a produção de ‘pílulas’ curtas com especialistas, representantes de comunidades, professores, que apresentam criticas e soluções, seguindo um formato básico.
[11] Para maiores informações sobre o Fórum Social Temático – Energia, visite o site: www.fst-energia.com